Autor: Milton Oliveira

tua procura

reserva-te no branco da janela a olhar o arco-íris reserva-te no azul do mar a ver brincadeiras do sol procura no horizonte uma paixão sentida perdida… procura no horizonte uma verdade medonha assombrada… tua procura, meu amigo, é em vão tua procura é sem fim o ardor está dentro de ti (à procura de ti)…

copo de sonho

embalados pelas cores do teu nome estes homens encantam-se com tua profundidade, com tua serenidade eles procuram na tua face a beleza do divino, o encanto da mágica forjam fantasias de prazer riscam planos de conquista estes homens bebem da tua luz um único copo de sonho e morrem sem saber que tu és miragem… …

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poeminho de lua nova

o céu beija o sol, dia após dia, e a lua nova, a primeira das quatro, as noturnas quatro-luas, ri-se escondida na ramagem… – e o verso nu chora! –

cetim rosaflor

a noite escorre lenta pelas paredes alvas a noite escorre escorre lenta pelas dobras de todos os cetins cores claras que iluminam todos os versos escorre lenta pelos reflexos azuis do meu corpo nu escorre lenta pelas paredes alvas noite descuidada do seu tempo tons e luzes, claros enigmas do amor noturno dobras de cetim …

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pelo azul dos teus olhos

nas alvas linhas do horizonte brilham teus olhos encantados com a pureza azul das águas constantes das cores vivas da branca duna sonho com teu cheiro desejo teu corpo nu ao meu lado da vida tenho meu prêmio: sou teu és minha pela luz do dia és minha pela cor da noite és minha pelo …

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divagação

as nuvens que espiam no céu da tua boca riem-se numa tarde de domingo…

poema da meia-noite

o amor esvai-se num pensamento longe e briga com o poeta: solta suas asas num verso irreverente e sonha com a dança das borboletas; o amor lança-se num mar de saudades e esperanças – “grande nas pequenas coisas” – sentimento em transformação… poeta em busca da felicidade: (- meu amor, é meia-noite!)

num tempo sem encontros

num tempo sem encontros os ponteiros do relógio falam-te de amor: é poesia imaginária que perde-se no infinito da procura…

a estrela

o poeta perdeu-se no caminho de volta e pode, assim, ver a estrela: – Vai-te, de hora em diante estais perdoado!

dia de chuva

a poesia de um dia de chuva está nos pequenos pingos d’água que molham os teus cabelos… (quando chove eu lembro dos teus olhos que me chamam!)