balanço

    cadeira de balanço avanço parece que danço amor, me lanço um dia eu te alcanço  

anjo da tarde

    sopra teus ventos no meu ser sopra teus suspiros na minh’alma vem, anjo, vem sobre mim com teu louvor com tua calma com teu desejo incontido anjo, vem, nesta tarde de luz vem soprar meu coração nu  

na catedral do corpo

    na catedral estranha do teu corpo a oração insana do poeta percorre com paixão os corredores do desejo absoluto – mais um momento feliz na vida que passa!  

o beijo da noite

    num instante olhos se olham intensos e neste improviso de paisagens eu encanto-me sorvo-te busco-te pelas cores da noite… e sonho com teu beijo casto!  

poema insensato

    Domingo: muito legal, que barato; às vezes bom, outras vezes chato. Com sandália ou sapato, vamos à praia ou ao mato (veja! olha o gato!). Oh! que poema insensato! ::: Poema publicado pelo jornal Folha da Tarde, de Porto Alegre, no caderno “Folhinha”, em 14-15/04/1984.  

um poema de flor

    cheiro acre-doce de essências divinas, perfumes mágicos do amor, lança, relança, perfuma divinamente a vida e o ser vive e a flor vive, transcende à essência do sonho