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poeta sem jeito

hoje eu não poderia escrever sobre o infinito, afinal, sou poeta limitado e contraditório, sem muito jeito para os verdadeiros objetivos do viver. eu sonho!…

cançãozinha de pouca coisa

rabisquei uma estrela entre os teus olhos e teu luar gritou comigo pensava eu ser o luar meu amigo, mas enganei-me chorei, sofri, perdi-me, encontrei-me… busquei você, tomei a minha estrelinha e nas entrelinhas desta cançãozinha, nada mais busquei!… (mas das lágrimas que chorei nasceu o meu amor por você!)

palco

a vida encena sua trajetória no palco do meu corpo… ai! como dói!…

versos brancos

no meio da noite alva chora meu coração de gelo na busca da imagem clara do teu rosto

orvalho

dentro das sombras noturnas gritam pequenas e transparentes gotas d’água

insônia

as folhas – caídas! – sobem no vazio da noite e um verso avulso corre, persegue o vento da madrugada… amanheceu: eu te amo!

poema

o anjo se estende pela nuvem humana e, à procura do silêncio, se ergue e sorri pra mim eu choro, ele sorri eu procuro, ele entende e o silêncio cai e o anjo dorme

a morada do poeta

eu estou morando num pedaço de papel, onde letras congruentes conversam entre si, sem parar, enigmaticamente roçando nas minhas pernas, comprimindo meu cérebro nu, angustiando, até, meu pedinte coração… estou morando no meio de um poema recém escrito!

refazer uni-verso

a aquarela da nossa paixão expande-se pela branca tela, enriquecida pelas flores, pelos deuses, pelos beijos, pelos sorrisos eu te amo em cada verso que faço/desfaço refaço uni-verso

fragmento

o espelho reflete a luz de fora e eu acordo… amei…